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Como escolhemos o que comer?

  • Foto do escritor: Juliana Graminho
    Juliana Graminho
  • 1 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura

Vamos refletir sobre o comer a partir da nossa evolução humana...


Os alimentos não eram disponíveis antigamente como são hoje – com agricultura e com a produção industrial de alimentos. Nossa espécie necessitava caçar ou coletar alimentos e, assim, precisava assumir riscos e gastar muita energia para conseguir comer e sobreviver. Nosso sistema de recompensa (ou sistema límbico como vimos) tinha a função de impulsionar nossa ação, mesmo diante do perigo. A expectativa da recompensa tão grande ao comer garantia que nossos antepassados buscassem por alimentos, mesmo em condições tão adversas.


A nossa preferência por alimentos mais calóricos acontece porque estes alimentos ativam mais intensamente nosso sistema de recompensa. E isso também era útil, nos tempos remotos, pois diante da escassez de alimentos, quanto maior a reserva energética mais tempo seria possível sobreviver antes de conseguir a próxima caça ou coleta.


Nosso sistema de recompensa, que era tão útil aos nossos antepassados, acabou ficando menos funcional nos dias atuais – em que o alimento é altamente acessível. Essa preferência por alimentos altamente palatáveis (aqueles que ativam mais fortemente nosso sistema de recompensas) e a capacidade do nosso corpo armazenar energia diante da falta de alimentos, acabou resultando em uma grande incidência de sobrepeso e obesidade na atualidade.


Além disso, nossos ancestrais possuíam um cardápio proveniente da caça de animais (rico em gordura) ou da coleta de frutas (rico em açúcar). A indústria alimentícia acabou associando esses dois fatores em um mesmo produto – por isso é que ficam hiperpalatáveis – o que acaba ativando demais nosso centro do prazer fazendo com que aumentemos muito o consumo dos mesmos.


Compreender que o funcionamento do nosso sistema de recompensa originou-se nos tempos remotos da humanidade, nos permite compreender nossa preferência por alimentos hiperpalatáveis e talvez isso seja um início de fazer as pazes com a comida. Entender o funcionamento do nosso corpo, das nossas emoções é libertador, nos ajuda a começar a fazer as pazes com a comida.


Para quem tiver interesse, todo esse conhecimento aprofundado e disponível no Programa Comer Consciente - num módulo dedicado especialmente à Neurociência do Comer.


Juliana Graminho - Psicóloga / Mentora do Programa Comer Consciente

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